sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Quarta

Dia 21 de janeiro de 2009
O Fá saiu para trabalhar e eu fiquei em casa pela manhã para recepcionar o chines que ia consertar o telefone. Não estava sendo uma tarefa fácil, ele havia vindo na tarde da terça e não resolveu merda nenhuma. A questão comunicação em chines é bem engraçada. Eles não te entendem o mesmo quanto você não entende eles. Por isso, quando o chines do telefone precisava falar alguma coisa comigo e a mimica não funcionava mais, ele apelava para a recepcionista do prédio que fala um inglês tão bom quanto eu falo alemão!
Ai, para aprimorar a comunicação, uma vez que eu não estava entendendo patavinas do que ela estava falando ao interfone, o chines fazia mimica simultaneamente para eu entender. E eu entendi!!! Claro que eu estava rindo horrores, mas sinto que fiquei amiga da recepcionista! rsrsrs Depois de um certo tempo, eu e o chines já não nos esforçavamos mais para falar, foi aí que então entendi como se sente um mudo, pois nós dois só gruniamos, porque qualquer coisa que se diga pode parecer outra coisa, um "EI" pode parecer um "WEI" que significa "ALO", na dúvida, não falo, vai que eu digo um palavrão? rsrsrsrsrs
Depois da minha experiência com o chines resolvi arriscar a minha tarde aprendendo a pegar um taxi! Sim, não é tão simples quanto parece ser... Para pegar um taxi você precisa ter algumas instruções básicas antes. Por exemplo, você deve ir a um lugar se:
- você conseguir pronunciá-lo corretamente e souber mais ou menos como chega;
- você ter em mãos um taxi book com o endereço do local que você deseja ir em inglês (para você saber do que se trata) e em ideograma chinês (para o taxista saber do que se trata);
- você tenha junto um chinês;
- você tenha um cartão do lugar que você quer ir (inglês e ideograma);
- você tenha em mão um mapa e uma cara-de-pau incrível.
No meu caso, fico com o taxi book, o mapa e a cara-de-pau e raramente a pronúncia.
Bem, sabendo de tudo isso decidi ir ao Shopping perto de casa. Antes de sair, me certifiquei qual era a distância pelo mapa, tracei uma rota alternativa (para voltar a pé), achei o endereço no taxi book e fui!
No meu prédio tem uns "seguranças" de plantão que só servem para abrir a porta do carro e pedir taxi para a portaria. Falei com o meu ótimo inglês:
- Taxi, please. - Ele entendeu!
Quando chegou o taxi, arrisquei meu pobre chines para falar o nome do shopping ao segurança:
- Ba Bai Ban - veja que o grau de dificuldade de pronúncia nesse caso é zero.
O segurança entendeu e repetiu Ba Bai Ban ao taxista, que repetiu Ba Bai Ban para mim, que fiz que sim com a cabeça e fui! Andei, aproximadamente 1,3 km e cheguei! kkkkkkkkkkk Uau, que experiência emocionante não??? kkkkk
Bem, para quem me conhece sabe que shopping não é meu programa predileto. Mas era o mais seguro. Andei no shopping, vi boas coisas à bons preços, mas não estava a fim de mais compras! No máximo queria achar uma livraria, mas não achei. Resolvi voltar para casa andando, já que 1,3km não mata ninguém e fica mais fácil de entender onde você está. Andei e na frente do prédio encontrei uma coisa que não havia visto antes: uma padaria brasileira!
Não tem pão francês, mas tem baguete, croissant, bomba de chocolate, enroladinho de salsicha, pão de queijo para assar, coxinha e risoles de carne! Ainda não senti realmente falta disso, a não ser de pão com mortadela, mas é bom saber que temos isso por perto. É uma sensação reconfortante saber que tem pessoas que falam em português com você.
Bem, depois disso, voltei para casa e mais tarde voltei com o Fábio ao shopping para jantar japones de novo. Mas dessa vez foi em um que fica rolando a comidinha na esteira na sua frente e você escolhe o que quer comer. O sabor do japones daqui é um pouco diferente, não sei se estou impressionada com a proximidade do Japão, mas parece mais saboroso... rs

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